2011

Resumos e estudos apresentados no 6º Encontro de Iniciação Cientifica  e 6ª Mostra de pós-graduação, Uniguaçu/UV




RELATO DE EXPERIÊNCIA DA FORMAÇÃO DE DOCENTES NO PROJETO MÃO AMIGA

AFONSO, NADIA BURTET ALVES
ORIENTADOR: ANSAI, ROSANA BEATRIZ
 CURSO: PÓS-GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

RESUMO

O estudo tem por objetivo relatar experiências voltadas para o campo da formação docente realizada a partir de estudos e da supervisão do trabalho das bolsistas do projeto Mão Amiga oferecido pelo Curso de Pedagogia da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras em convênio com a CAPES e Programa de Iniciação Docente/PIBID. Tendo em vista que a escola é um dos palcos para a realização de estágios torna-se necessário que os graduandos sejam inseridos nas experiências de sala de aula. Se quisermos que a prática de ensino seja uma arte deve-se conhecer a realidade na qual se está inserido e buscar informações que nos auxiliem a construir a epistemologia do professor. Vale a pena lembrarmos que não é o numero de ideias que transforma o trabalho docente em arte, mas é a reflexão, a seleção, o equilíbrio e a configuração das ideias. Pode-se afirmar que o trabalho de orientação e supervisão das bolsistas do Projeto Mão Amiga CAPES/PIBID que trabalham em contraturno com crianças com dificuldades de Aprendizagem na escola Municipal Duque de Caxias muito nos auxiliou, para nos tornarmos entendedores do processo de formação de um professor pelo qual passam as graduandas ao mesmo tempo em que mediatiza-se a construção do conhecimento docente ainda na formação inicial. Após a investigação e pesquisa realizada pode-se constatar que para ensinar bem, não se necessita apenas de técnicas, atividades e estratégias. Necessitamos também de um senso daquilo que é essencial. Mas, o que é essencial para as bolsistas aprenderem é que estejam profundamente envolvidas com a prática de ensinar e aprenderem sala de aula para que encontrem significados, compartilhem seus estudos com os outros e que percebam a si mesmas como autoras da sua formação. O trabalho de formação docente que valorizamos no referido Projeto vai na direção que em educação nada está pronto e acabado, pois não pretendemos determinar caminhos, nem amealhar seguidores. Queremos despertar o desejo de mudar e crescer por meio de estudos, pesquisas e ações afirmativas no exercício do magistério, levando as bolsistas o valor e a importância da profissão docente. Evidencia-se que a ação educativa traz a complexidade e o movimento para a sala de aula, pois trabalhamos com a diversidade, com a percepção da totalidade. Portanto para operacionalizar as práticas educativas devemos ser criativos, reflexivos e inovadores. Como educadores busca-se no Projeto a construção de uma práxis no qual se crie a consciência de que estamos imersos num universo dinâmico, em constante transformação, onde o ato de educar se revitaliza promovendo nova síntese do conhecimento, abrindo espaço para o desenvolvimento do potencial humano. A escola é uma agencia cultural e deve propiciar aos seus atores momentos para cultivar-se a imaginação, para que se crie uma ação educativa crítica, competente, ética e consciente.

PALAVRAS-CHAVE: Formação docente, Relato de experiência, Projeto Mão Amiga


JOGOS E BRINCADEIRAS NA SUPERAÇÃO DE DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: ESTUDO DA PRÁTICA DOCENTE NO PROJETO MÃO AMIGA.

PACHECO, PATRICIA CAROLINE
ORIENTADOR: ANSAI, ROSANA BEATRIZ
CURSO: PEDAGOGIA

RESUMO

Sabe-se que um dos grandes desafios da atualidade no ambiente escolar é trabalhar com alunos com dificuldades de aprendizagem, afinal no cotidiano da sala de aula é difícil de trabalhar individualmente e fazer um estudo isolado de cada caso e assim ofertar oportunidade de esses alunos superar suas dificuldades. O projeto institucional Mão Amiga da Faculdade Estadual De Filosofia Ciências e Letras de União da Vitória em convenio com a CAPES e PIBID, surgiu com uma proposta de se trabalhar a ludicidade em sala de aula em contra turno, assim procurando soluções pare esses desafios encontrados no dia a dia da escola também com o objetivo de formar o acadêmico com a consciência da importância de se tornar um pesquisador e ao mesmo tempo oferecendo a oportunidade de estar vivenciando o a docência, além de ajudar a comunidade escolar a encontrar meios de tornar a aprendizagem mais eficiente e oportunizar essa aprendizagem a todos os alunos. O objetivo do trabalho é relatar o desenvolvimento das crianças do decorrer do projeto e também as aprendizagens construídas através dos estudos e prática docência adquiro pelas bolsistas. Constatou-se que através dos jogos matemáticos e brincadeiras tradicionais, que foram direcionados com os objetivos específicos para superar as dificuldades encontradas na sala de aula, as crianças ganharam auto-estima, confiança em si mesmo, aprenderam a se socializar, entenderam que aprender pode ser prazeroso e o mais importante aumentaram o rendimento escolar. Entende-se que ao se trabalhar a ludicidade com crianças que apresentam alguma dificuldade, esta é e uma fonte de motivação oque é importante para criança adquirir confiança em si mesmo, na escola muitas vezes essas crianças são rotuladas e pais e professores enfatizam somente o que a criança não sabe ou não consegue aprender. E importante entender que as crianças que apresentam alguma dificuldade de aprendizagem sejam por motivos de ordem fisiológicos ou emocionais não são incapazes de aprender apenas aprendem e processam as informações de maneira diferente e precisam de auxilio, elas não são portadores de necessidades especiais, mas também não conseguem acompanhar a turma em sala de aula. Esse foi um dos grandes desafios do projeto identificar e definir as dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos alunos, e então através de observações e estudos, planejar e organizar as aulas de maneira a desenvolver as habilidades que elas não dominam ao mesmo tempo não desperdiçando e sim valorizando e potencializando os conhecimentos que elas dominam. Constatou-se que ao enfatizar o que a criança sabe elogiando fazendo com que ela acredite em si mesma é um primeiro passo para se iniciar o trabalho fazendo com que facilite o aprendizado depois utilizando os recursos que os jogos e brincadeiras nos fornecem como a ludicidadade o significado e o prazer pode-se obter resultados surpreendentes como um grande desenvolvimento dos alunos em sala de aula e também para o desenvolvimento dos pais e professores sobre a idéia de dificuldade de aprendizagem. Uma grande oportunidade de enfrentar conflitos e reescrever significados e idéias antigas sobre jogos e brincadeiras em sala de aula. Enfim mostra a importância da pesquisa e de parceira com as Faculdades e escola é importante para a comunidade escolar e dos próprios acadêmicos.

PALAVRAS-CHAVE: Projeto, Dificuldades de aprendizado, Atividades lúdicas, Docência


A PESQUISA NA FORMAÇÃO DOCENTE.

DE OLIVEIRA, ÉLIADA PRISCILA FRANCO
ORIENTADOR: ANSAI, ROSANA BEATRIZ
CURSO: PEDAGOGIA

RESUMO

Como estudante de Pedagogia e bolsista do Projeto "Mão Amiga" CAPES/ PIBID, acredita-se que a pesquisa é algo que encanta, envolve e motiva o professor a se interessar constantemente pelo conhecimento, implicando em busca de informações e leituras sistemáticas além de contribuir de maneira significativa para a formação docente. O objetivo do estudo é evidenciar a pratica da pesquisa como fundamental para a formação docente, uma vez que esta se constitui na base do processo de construção de conhecimento para o professor. A metodologia da pesquisa utilizada esta de acordo com os moldes da pesquisa bibliográfica. A área de abrangência do estudo é voltada para o curso da formação docente. Na revisão de literatura constatou-se que é essencial para formação profissional a identificação do papel do professor / pesquisador para assim se compreender a complexidade de ser um bom profissional da educação, capaz de construir interpretações e análises construindo e reconstruindo conhecimentos na sua práxis educativa cotidiana. Evidencia-se que a pesquisa não deve ser iniciada somente na formação docente, mas desde cedo deve-se cultivar o gosto pela construção do conhecimento, sendo esta tarefa de todo professor, independente do nível de ensino que atua. Compreende-se que a pesquisa acontece na educação como forma de fundamentar o processo de ensino e aprendizagem o qual é necessário para que os professores possam desempenhar a administração dos conteúdos curriculares a partir da compreensão dos mecanismos de construção dos aprendizagens dos alunos. Um dos passos importantes antes de se começar a pesquisa é a escolha do material a ser usando durante este processo buscando-se aprimorar o comportamento tanto de procura dos dados a ser coletado quanto dos estudos. Somente através da pesquisa é que se tem a oportunidade de construir os conhecimentos essenciais à docência eficiente e competente sendo que isso deve ser um procedimento de rotina do trabalho docente. A partir do estudo realizado, ressalta-se que os licenciando e licenciados necessitam estar sempre em busca de novos conhecimentos, indo-se em busca de novas informações a cada dia. No presente momento o estudo esta em fase de operacionalização do projeto e coleta de dados. Palavras chave: Pesquisa,Conhecimento, Formação docente.

PALAVRAS-CHAVE: Pesquisa, Formação docente, Conhecimento.


 AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGENS NA VISÃO DOS PROFESSORES DAS ESCOLAS PARCEIRAS NO PROJETO MÃO AMIGA

DÉBORA PASSOS GUIMARÃES
 ORIENTADOR: ANSAI, ROSANA BEATRIZ
CURSO: PEDAGOGIA

RESUMO

O interesse em discutir o fenômeno da dificuldade de aprendizagem decorre do fato que no contexto escolar, todos buscam, revelar o nível de conhecimento do professor das séries iniciais do Ensino Fundamental, sobre os conceitos, tipos e causas das dificuldades de aprendizagens, para que os mesmos possam conduzir com eficiência o trabalho pedagógico dos alunos com este perfil. Sabe-se que o conceito de dificuldade de aprendizagem é um tema bastante complexo e discutido, pois envolve diversas áreas de conhecimento, dificultando muitas vezes uma definição singular. Deste modo as dificuldades de aprendizagem se apresentam com um fenômeno a ser discutido e entendido na comunidade escolar, seja por sua complexa definição teórica, seja pelas dificuldades de sua interpretação pelos profissionais de ensino. Portanto definir uma criança com dificuldades de aprendizagem é muito mais complexo, pois envolve uma multiplicidade de conceitos, dados empíricos, modelos teóricos e hipóteses. O referido projeto atualmente atua na docência extra classe com aproximadamente 100 crianças do ensino fundamental e ao mesmo tempo oportuniza a 20 bolsistas acadêmicas das licenciaturas oferecidas pela FAFI/UV aprender a administrar a atividade docentes e pedagógicas no contexto das crianças com dificuldades de aprendizagem. O critério de escolha dos alunos é realizado pela professora regente de cada escola que através de seu conhecimento epistemológico faz a sua análise e encaminhamento para a inserção deste aluno no projeto. Cabe ressaltar que falta de atenção, baixa auto-estima, instabilidade emocional e indisciplina também são critérios avaliados como fatores de dificuldade. Diante desta realidade buscou-se através de um questionário, semi estruturado contendo dez questões, aplicado a professores das Séries Iniciais do Ensino Fundamental das três escolas municipais parceiras do projeto mão Amiga CAPES/PIBID, oferecido pelo curso de Pedagogia da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória -PR. Neste contexto percebe-se a importância do professor conhecer o fenômeno, já que segundo estudos 10% da população estudantil tem alguma dificuldade de aprendizagem, sendo que esta é apontada como um dos fatores causadores do fracasso escolar. Portanto é extremamente importante o professor conhecer quais são as dificuldades de seus alunos, pois dessa forma os educadores e a equipe escolar podem trabalhar como facilitadores, oportunizando ambientes propícios à aprendizagem, oferecendo estímulos diversos a cada dificuldade de aprendizagem, proporcionando estratégias de organização e intervenção que contribuam para o desenvolvimento pleno e harmonioso da criança. O projeto se encontra na fase de coleta e análise de dados.


O PROCESSO DE LEITURA E ESCRITA: CAUSAS E CARACTERÍSTICAS DA DISLEXIA.

MOREIRA, ADRIANA APARECIDA SILVA
ORIENTADOR: ANSAI, ROSANA BEATRIZ
CURSO: PEDAGOGIA

RESUMO

Na área da Educação Escolar encontra-se muitos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagens. Muitas vezes, como estudante do curso de Pedagogia e bolsista do Projeto "Mão Amiga", financiado pela CAPES/PIBID em convenio com a Faculdade Estadual de Filosofia Ciências e Letras de União da Vitória - Pr, observa-se que os alunos com perfil de dificuldades de aprendizagem encontram-se em conflito diante do processo de construção das aprendizagens por não conseguirem aprender no ritmo da turma e muitas vezes acabam sendo rotulados pelos professores, colegas e pela própria família como sendo incapazes de aprender na escola. Dentre essas dificuldades apresenta-se a dislexia um fenômeno que ocorre no processo de leitura e escrita, mesmo quando o aluno frequenta o ensino regular, tem nível intelectual adequado e suas oportunidades socioculturais são as corretas. A dislexia é um dos muitos distúrbios de aprendizagem, ainda desconhecido e geralmente os primeiros a observar as dificuldades das crianças são os professores. A partir do inicio do processo da alfabetização, neste caso começam a aparecer os primeiros problemas, porém, sem as informações necessárias sobre o distúrbio, não se atende de maneira adequada os alunos e os mesmos não conseguem dar continuidade ao aprendizado. Sendo assim o estudo de caráter teórico bibliográfico tem como objetivo relatar as principais causas e características da dislexia. Constata-se que o reconhecimento das características deste fenômeno em sala de aula por parte do professor impedem consequências desastrosas no desempenho e na autoestima do aluno ao mesmo tempo em que auxiliam o professor na busca por soluções, eficientes e competentes na administração do processo aprendizagem dos alunos com este perfil. Sabe-se que os problemas das crianças disléxicas não vão desaparecer, no entanto, a criança pode aprender a compensar suas dificuldades. É importante ressaltar que a dislexia é genética, ou seja, é hereditária. Por isso, para fazer um diagnóstico correto, é muito importante verificar os antecedentes familiares, procurando identificar a existência ou não, de casos de dislexia na família. O professor necessita estar atualizando os seus métodos de ensino e buscar novas alternativas que lhe sirvam de suporte para desenvolver um trabalho pedagógico eficiente e competente com os alunos disléxicos, pois, acredita-se que somente através de um amplo conhecimento sobre o assunto pode-se auxiliar os educandos a superarem os obstáculos de aprendizagem para que possam apresentar um desempenho pessoal eficiente e competente.

PALAVRAS-CHAVE: Dislexia, Causas, Características, Professor


A PESQUISA E OS SABERES NECESSÁRIOS A PRÁXIS DOCENTE.

ZANELATO, SANDRA MARIA LOPES DA CRUZ
ORIENTADOR: ANSAI, ROSANA BEATRIZ
CURSO: PEDAGOGIA

RESUMO

Como estudante de Pedagogia e bolsista do projeto Mão Amiga PIBID/CAPES, acredita-se que não há conhecimento que não envolva de uma forma ou outra, o ato de pesquisa. O objetivo do estudo é evidenciar a importância da pesquisa para construção dos saberes necessários a práxis docente. A metodologia para coleta dos dados esta em conformidade com moldes da pesquisa bibliográfica. A área de abrangência do estudo é voltada para a área da formação docente. Na revisão da literatura constatou-se que a pesquisa é um instrumento imprescindível para a construção do saber docente uma vez que é o fundamento das metodologias utilizadas na práxis docente. De outra forma ressalta-se que a formação do pesquisador dever ser na direção da formação de profissionais pesquisadores que possam compartilhar e construir conhecimentos a partir das vivências docentes. Nos dias atuais o mercado de trabalho esta à procura de profissionais que estejam aptos a exercer a função onde busquem a inovação e continuidade das ações pedagógicas a partir da teia de conhecimentos e da sociedade globalizada que estejam preparados para enfrentar os desafios profissionais da docência na Educação Básica e no Ensino Superior. Acredita-se que a pesquisa é um processo significativo para a construção de competências e habilidades profissionais, sendo que a mesma deve sempre estar atualizada, pois a cada dia as informações se inovam. Compreende-se que a pesquisa ocorra na educação como forma de ensino sabendo que é necessário que os professores mostrem a importância da pesquisa valorizando a aprendizagem e a reconstrução de seus próprios conhecimentos, ao invés de fazer copias e reproduções estéreis do conhecimento. A pesquisa não deve iniciar-se somente na docência, mas nos primeiros anos de iniciação escolar. Sendo que a escola deve ser a base para o processo de ensino aprendizagem, ela tem a obrigação de fornecer um ambiente adequado e materiais que instiguem o interesse do aluno pela pesquisa. Deste modo entende-se a importância da pesquisa na docência onde o pesquisador procura buscar respostas para suas indagações podendo assim através da fundamentação teórica comprovar as ideias empíricas ate então consideradas pensamentos do senso comum. No presente momento estudo esta na fase de operacionalização do projeto e coleta de dados.

PALAVRAS-CHAVE: Pesquisa, Conhecimento, Docência


AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E A FORMAÇÃO DO PROFESSOR PEDAGOGO: VIVENCIAS NO PROJETO MÃO AMIGA

SAMONEK, SONALE LUMIKOSKI
ORIENTADOR: ANSAI, ROSANA BEATRIZ
CURSO: PEDAGOGIA

RESUMO

A presente pesquisa trata do tema sobre as dificuldades em leitura e escrita apresentadas por alunos nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Aborda as diferenças entre dificuldades de aprendizagem, transtorno de aprendizagem dentro do espaço escolar, uma vez que esta é uma área da educação que nem sempre tem concepções teóricas congruentes. Muitas vezes, na administração do processo de ensino e aprendizagem o professor se confronta com problemas de aprendizagem que deixam os alunos paralisados diante das vivencias curriculares e muitas vezes são rotulados pela própria família, professores e colegas, como pessoas incapazes de frequentar a escola e aprender. As dificuldades podem ocorrer a partir de fatores orgânicos ou mesmo emocionais e é importante que sejam descobertas e identificadas pelo professor a fim de auxiliar o desenvolvimento do processo educativo, percebendo se estão associadas a outros fatores biológicos e/ou psicológicos dentre outros, considerados variáveis que desmotivam o aprendizado. O estudo tem como objetivo evidenciar características e identificar as causas e conseqüências das dificuldades de aprendizagem e apontar possíveis alternativas educacionais, como forma de trabalhar os alunos que apresentam este perfil. A pesquisa é um relato de experiência do trabalho docente e acadêmico que está sendo realizado no Projeto Mão Amiga do Curso de Pedagogia conveniado entre a Faculdade Estadual de Filosofia Ciência e Letras e o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência- PIBID/CAPES. O projeto surgiu da necessidade de um trabalho diferenciado, com propostas didático-metodológica a partir de práticas lúdicas e educativas baseadas nos princípios linguísticos, cognitivos e sociais e no processo de aprendizagem das crianças. De outra forma também é um meio de complemento da formação do pedagogo. Este projeto tem como objetivo oferecer aos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, matriculados na Escola Municipal Duque de Caxias do Município de União da Vitória-PR, atividades diferenciadas, reunindo a teoria e a prática no alfabetizar de forma lúdica, criativa e natural. De outra forma, apresenta-se um clima de descontração e prazer, indispensável para que a aprendizagem aconteça de maneira que venha melhorar o desenvolvimento e autoestima dos alunos participantes do referido projeto ao mesmo tempo em que se forma o professor critico, ético e competente para atuar na Educação básica.

PALAVRAS-CHAVE: Dificuldades de aprendizado, Formação do professor, Projeto


AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: A FAMÍLIA, O PROFESSOR E O LÚDICO

CARLA ROSANE FERSCH
ORIENTADOR: ANSAI, ROSANA BEATRIZ
CO-ORIENTADOR: EL-KOUBA, MAYSA MOTTA AGOSTINI NUNES
CURSO: PEDAGOGIA

RESUMO

As dificuldades de aprendizagem atingem uma parcela significativa da população em idade escolar. O estudo possui caráter teórico bibliográfico e tem por objetivo ressaltar a importância do apoio familiar e do professor amparado em atividades pedagógicas lúdicas para fazer com os alunos com dificuldades de aprendizagem possam superar seus problemas de desempenho na escola. As dificuldades de aprendizagem referem-se a um baixo rendimento escolar independente de ser na escrita, fala, coordenação motora, leitura, ou ainda no pensamento lógico matemático, etc. É de grande valia que as dificuldades de aprendizagem sejam identificadas precocemente, pois é a partir de um diagnóstico preciso que se poderá orientar a intervenção pedagógica de acordo com as necessidades de cada criança, uma vez que cada uma tem sua maneira e seu tempo para aprender sendo muitos os fatores emocionais dentre outros que podem influenciar nessa aprendizagem. Cabe aos educadores auxiliarem nesta identificação e trabalhar de maneira diferenciada com esses alunos tendo sempre em foco que um método didático pedagógico pode não trazer o mesmo resultado de um aluno para o outro. Outro fator importante para que a aprendizagem ocorra é a presença do diálogo entre o núcleo familiar e a escola uma vez que devem procurar conhecer o perfil da criança que apresenta dificuldade de aprendizagem para auxiliar e intervir neste processo visando a superação das dificuldades de aprendizagem. Ao professor, além da identificação da problemática, cabe procurar trabalhar com atividades diferenciadas, lúdicas, pois através dos jogos e brincadeiras o professor pode trabalhar operações mentais complexas como por exemplo o pensamento lógico matemático de forma prazerosa e significativa para a criança. Conclui-se que toda criança tem o direito de estar na escola, sendo que as crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem na maioria das vezes necessitam de um tempo escolar extra-classe para que possam construir suas aprendizagens. De outra forma, cabe à família dar apoio, incentivo, amor, carinho e segurança para as crianças que apresentam este perfil de dificuldades de aprendizagem visando melhorar sua autoconfiança, muitas vezes abaladas pelas dificuldades de aprendizagem e aos professores cabe o papel de trabalhar com atividades pedagógicas diversificadas nas quais, sugere-se a utilização de jogos e brincadeiras, de preferências as mais variadas possíveis, de maneira a desenvolver as varias áreas do cérebro.
           
PALAVRAS-CHAVE: Dificuldades de aprendizado, Família, Professor, Lúdico


A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM

DOS SANTOS, DENISE SILVERIO
ORIENTADOR: ANSAI, ROSANA BEATRIZ
CURSO: PEDGOGIA

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo apresentar e evidenciar a contribuição do lúdico, para o trabalho pedagógico realizado com crianças com dificuldades de aprendizagem, a partir da práxis docente realizada no Projeto Mão Amiga financiado pela CAPES/PIBID e oferecido pelo curso de pedagogia da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória. Percebendo que o lúdico é a ferramenta que se torna indispensável para a prática docente nos anos iniciais do Ensino Fundamental, pode-se constatar a melhora significativa no aprendizado dos alunos. Quando o aluno aprende através do lúdico é levado a refletir e vivenciar conhecimentos, desenvolvendo habilidades e capacidades motoras, psicológicas e emocionais. Diversos teóricos da educação discutem o tema lúdico, no processo de ensino-aprendizagem o qual tem como papel estimular o interesse e despertar o espírito investigativo dos alunos. A aprendizagem de qualquer habilidade requer a seleção de informações, que podem estar contidas no ambiente e fornecidas pelo professor. Para haver um ensino eficiente, o professor deve lançar mão de diferentes estratégias de atuação, tendo como base o currículo oculto dos alunos. Desta forma, o aluno amparado, orientado e incentivado pelo professor gradativamente deverá passara ser o agente de sua própria aprendizagem. Ao se utilizar o lúdico em sala de aula deve-se levar em conta que o conteúdo curricular deve estar relacionado à brincadeira, favorecendo assim uma aprendizagem prazerosa e significativa. Assim observando essa necessidade percebe-se a importância de o educador procurar novas estratégias de ensino, no qual busque no brincar um método que desenvolva a espontaneidade da criança, mas também que através dele consiga tornar a atividade proposta algo que seja fonte de estimulo. Propiciar um ambiente favorável à aprendizagem em que seja trabalhada a auto estima, a confiança e o respeito mútuo. A valorização do aluno é papel do professor. Também não se deve se esquecer da importância de um ambiente desafiador, mas que tenha um nível aceitável de tensões e cobrança. Dessa forma todas as crianças com dificuldades ou não, poderão realizar as atividades propostas pelo educador, participando por igual das atividades propostas pelo educador. Contudo, cada vez mais se acredita que as dificuldades existem, porém quando bem trabalhadas facilitará cada dia mais o aprendizado, mostrando assim, que apesar de algumas dificuldades, sejam eles quais forem, todas as crianças terão cada vez mais oportunidades de mostrarem seus desempenhos e suas habilidades, se utilizarem dos métodos lúdicos que cada vez mais estão à disposição do educador.

PALAVRAS-CHAVE: Lúdico, Aprendizado, Educação, Aluno, Educador


O PAPEL DA FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO E APRENDIZAGEM DOS FILHOS

RAMOS, ANA PAULA DOS SANTOS
ORIENTADOR: ANSAI, ROSANA BEATRIZ
CURSO: PEDAGOGIA

 RESUMO

Como estudante de Pedagogia e bolsista CAPES/PIBID, acredita-se que ter uma família é o desejo natural do ser humano, não há amor maior entre os seres que o amor entre pais e filhos. Deste modo na escola a necessidade da presença da família não seria diferente, pois a influência familiar é imprescindível para o desenvolvimento escolar dos estudantes. O objetivo da pesquisa é investigar qual o papel da família no desenvolvimento do processo de aprendizagem e educação dos filhos. A metodologia da pesquisa utilizada será de acordo com os moldes da pesquisa bibliográfica. A área de abrangência do estudo é voltada para a Psicologia da Educação e para Orientação Educacional. Na revisão da literatura constatou-se que o aprendizado só poderá ser construído pela criança se tiver a ajuda da família, pois para se aprender não basta apenas o professor ter conhecimentos para administrá-los em sala de aula, pois os aprendizes devem ter o apoio de seus familiares. Desse modo, os pais são a estrutura que os filhos precisam para poder internalizar qualquer conhecimento, tanto escolar como em sua vida particular, pois pais e professores devem estar unidos para obterem resultados positivos quanto ao desenvolvimento harmonioso do ser. Quando se fala em família, tradicionalmente se pensa na família nuclear, constituída por pai, mãe e filhos, que desta forma seria uma família estruturada. Hoje, porém, deve-se olhar a família moderna com um novo perfil, desenhada a partir de um mosaico, uma vez que seus componentes são (pai mais esposa/madrasta mais filhos; mãe mais esposo/padrasto mais filhos). Nos dias de hoje, embora a tradição vigente na cultura cristã considere a família ideal aquela formada por um casal estruturado pelo laço de casamento monogâmico com crianças, filhos de sangue ou por adoção, e que vivem na mesma casa, esse tipo de tradição torna-se cada vez mais difícil de ser mantida atualmente, o que explica em parte as grandes transformações na vida conjugal e familiar. Acredita-se que a família é a base de tudo, onde todos se sentem seguros, acolhidos e protegidos de todos os males. Como os estudos comprovam, as mulheres são mais sentimentais, protetoras, são sensíveis e às vezes protegem tanto seus filhos que acabam superprotegendo e com isso, não deixam as crianças aprenderem a ser independentes. Conclui-se que à medida que a escola abrir espaços e criar mecanismos para acolher melhor as necessidades das famílias, novas oportunidades com certeza irão surgir para que seja desenvolvida uma educação de qualidade. Ambas são imprescindíveis para que ocorra um bom desenvolvimento da criança, portanto, quanto melhor for a parceria entre elas, mais positiva e significativa será o desempenho escolar dos alunos. Porém, a participação da família na educação formal dos filhos precisa ser constante e consciente, pois vida familiar e vida escolar se complementam.

PALAVRAS-CHAVES: Aprendizagem, Escola, Família


ALUNOS COM DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM OU DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM E A FORMAÇÃO DOCENTE NO PROJETO MÃO AMIGA

BOCHEHIN. SANDRA MARA DE SOUZA
ORIENTADOR: ANSAI. ROSANA BEATRIZ
CURSO: PEDAGOGIA

RESUMO

O presente estudo apresenta questões a respeito da formação docente a partir da vivência pedagógica com alunos que apresentam Dificuldade ou Distúrbios de Aprendizagem a partir da vivência da pesquisadora como bolsista supervisora do Projeto Mão Amiga voltada para o campo da formação docente realizada a partir de estudos e da orientação do trabalho docente das bolsistas do Projeto Mão Amiga oferecido pelo curso de Pedagogia da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras em convênio com a CAPS e o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência-PIBID. Com o advento da Inclusão das pessoas com necessidades educacionais especiais, surgiram vários questionamentos importantes e que ainda são complexos e difíceis para se estudar e responder no dia a dia da sala de aula. No exercício da docência, constata-se que trabalhar com as diferenças na escola exige preparo, formação e disposição para adaptar materiais e conteúdos para que todos os alunos da turma aprendam de maneira efetiva. De acordo com as características pessoais, aprende-se levando-se em consideração o ritmo, a condição e os estímulos recebidos. Respeitar as diferenças e buscar recursos diferenciados que garantam um bom nível de aprendizagem é fundamental e uma importante função do professor. No exercício da docência ética, crítica e competente, características que evidenciamos no trabalho de orientação às bolsistas do Projeto Mão Amiga, busca-se evidenciar que essas são características imprescindíveis e inerentes da construção do conhecimento docente. O estudo consiste num relato das vivências das práticas pedagógicas atuais da educação e das pesquisas bibliográficas realizadas a partir dos objetivos do Projeto Mão Amiga essencialmente voltados para a formação de professores. Na vivência cotidiana de orientação às bolsistas acadêmicas evidencia-se a necessidade de se criar condições plenas para o desenvolvimento das potencialidades individuais para o exercício da docência para que tenham autonomia de agir como sujeitos atuantes na construção dos conhecimentos profissionais voltados para atuação na sociedade aprendente. É uma realidade desafiadora, pois o sistema educacional brasileiro passa por transformações profundas garantindo o direito e o acesso a educação de todos, gerando demandas por profissionais docentes cada vez mais éticos e competentes. Iniciativas de instituições de Ensino Superior voltadas à formação docente e a práticas pedagógicas são políticas afirmativas riquíssimas as quais incentivam a boa formação docente uma vez que contam com o apoio governamental através de bolsas de estudos, onde os bolsistas conseguem aliar a prática aos conteúdos acadêmicos, contribuindo com pesquisas científicas que vêm de encontro às necessidades do sistema educacional onde se constata que o Projeto Mão Amiga vem atendendo a esses preceitos.

PALAVRA-CHAVE: Flexibilização de conteúdo, Projeto de apoio, Exercício da docência, Produções científicas


PROJETO MÃO AMIGA CAPES/PIBID: O LÚDICO COMO MELHORIA DOS ALUNOS QUE APRESENTAM ALGUMA DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

SLOBODZIAN. IVONETE
ORIENTADOR: ANSAI. ROSANA BEATRIZ
CURSO: PEDAGIGIA
RESUMO

Como estudante de Pedagogia e como bolsista da CAPES/PIBID, atuante no projeto “Mão Amiga” o que esta posto é o objetivo dede se trabalhar o aluno com dificuldade de aprendizagem visando fazer com que o mesmo construa conteúdos que estão inseridos na escola de uma forma diferenciada por meio do uso de instrumentos lúdicos. Na escola, a presença de dificuldade de aprendizagem ocasionar ao educando uma serie de limitações e também a exclusão social, que em sua maioria é gerada no cotidiano escolar. A partir das dificuldades do aluno com este perfil em acompanhar a turma. Por este motivo percebe-se a importância de um trabalho pedagógico que vise minimizar os impactos que a presença da dificuldade de aprendizagem acarreta na vida do aluno. O trabalho consiste em um relato de experiência da implementação do projeto denominado MÃO AMIGA- financiado pela CAPES/PIBID e oferecido pelo curso de Pedagogia pela FAFIUV. O projeto vem sendo desenvolvido na Escola Municipal Professor Didio Algusto com crianças que apresentam dificuldade nas series iniciais do Ensino Fundamental. As aulas do projeto são em contraturno e planejadas de modo que se estimule as habilidades de raciocínio logico, memoria, capacidade de abstração, leitura e escrita. No projeto a práxis docente parte da premissa de que o lúdico pode construir de forma significativa para a superação das dificuldades de aprendizagem. Esta constatação deve-se à observação da melhora no desempenho em sala de aula no que se refere à realização de tarefas escolares e, sobretudo, na motivação e empenho para realizá-las por parte dos alunos que frequentam o projeto. Na experiência docente vivenciada no projeto acredita-se que a melhora do desempenho destes alunos constatada a partir dos relatos das professoras, deve-se utilização da metodologia lúdica que oferece jogos e brincadeiras na administração do processo ensino aprendizagem. Acreditamos também para a superação dos problemas de aprendizagem e necessário um planejamento que inclua atividades diversificadas e especiais de acordo com a necessidade de cada uma das crianças é necessário também estudos constantes e dedicação, aliado ao conhecimento teórico de acordo com as pesquisas e estudos que são realizadas no projeto. Outra oportunidade que a vivência docentes no projeto oferece e a de conhecer a realidade do aluno atendido para uma melhor averiguação da dificuldade do mesmo para propiciar por meio da atividade docente melhoria no seu desempenho escolar. As pesquisas são elemento importante na formação docente das bolsistas participantes, porque além de estarem em processo de aprendizagem acadêmico tem a oportunidade de realizar estudos empíricos e teóricos ainda em fase de formação, e demonstrá-las em estudos científicos.

PALAVRAS-CHAVES: Dificuldades de aprendizagem, Jogos, Aprendizagem


FORMAÇÃO DOCENTE E DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM - RELATO DE EXPERIÊNCIAS EM PROJETOS DE BOLSA DE ESTUDOS

DOS SANTOS, ELIANE CRISTINA
ORIENTADOR: ANSAI, ROSANA BEATRIZ
CURSO: PEDAGOGIA

RESUMO

Do sentimento e da vontade em auxiliar na formação de profissionais de educação críticos, reflexivos e competentes e do sonho e de uma Pedagoga com mais de vinte e cinco anos de docência, originou-se o Projeto Mão Amiga. A inquietação por parte Professora Coordenadora do referido Projeto recai, sobre qual seria a melhor maneira de formar bons Pedagogos e ao tempo lhes proporcionar bolsa de estudos para aprender e tomar gosto pelo ofício do professor no chão da escola fez com que este projeto fosse aprovado e financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES e Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência - PIBID. Reconhecedora de duas grandes necessidades em nossa região: primeiramente da oportunidade de estágio no cotidiano escolar além das atividades curriculares, visando a experiência docente e em segundo lugar da falta de um trabalho diferenciado em horário extraclasse direcionado para crianças Dificuldades de aprendizagem nas séries iniciais do Ensino Fundamental, pensou-se um projeto que atingisse a carência dos dois campos. Estruturou-se o projeto que já se encontra em fase do segundo ano de operacionalização e plenitude no respeito aos resultados positivos em ambos os campos. Estruturou-se o projeto que já se encontra em fase do segundo ano de operacionalização e plenitude no que diz respeito aos resultados positivos em ambos os campos. O projeto tem por objetivo geral oferecer às crianças com Dificuldade Aprendizagem atividades diferenciadas das que estão acostumadas a receber no ensino regular, de forma que venham a contribuir em seu desenvolvimento cognitivo, afetivo/emocional e psicomotor visando minimizar o fracasso escolar e elevando sua autoestima. Ao mesmo tempo em que as crianças recebem um atendimento especial e individualizado as bolsistas que são acadêmicas pesquisadoras constroem sua práxis pedagógica docente neste contexto de desafios. A metodologia do projeto é baseada em atividades e estratégias lúdicas e exercícios de sistematização uma vez que crianças com dificuldade de aprendizagem necessitam realizar muitas vezes as mesmas ações para que consigam aprendê-Ias. As atividades aplicadas são escolhidas a partir da observação da necessidade individual de cada criança, da analise dos portfólios e das pesquisas realizadas a cerca do tema em questão. As bolsistas contam também com uma equipe de gestão Pedagógica que trabalha com o intuito de atender todas as necessidades das bolsistas envolvidas, sejam elas da formação docente, questões administrativas, desenvolvimento das relações humanas, da formação do pesquisador, das vivências e das ações éticas. Como bolsistas ativas deste projeto relatam-se a experiência com o intuito de demonstrar o crescimento como, acadêmica, pesquisadora e profissional consciente das ações de um educador rumo a formação de um profissional com perfil crítico e consciente e ao mesmo tempo ético e competente e acima de tudo goste do ofício de ser professor.

PALAVRAS-CHAVES: Projeto, Formação docente, Dificuldades de aprendizagem, Relatos


APRENDIZAGEM E DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA

KALlCHAK, HELOISE KÁTIA
ORIENTADOR: ANSAI, ROSANA BEATRIZ
CURSO: PEDAGOGIA

RESUMO

A dificuldade de aprendizagem é um dos motivos do insucesso escolar, porém o trabalho docente deve partir de uma base onde se busque o melhor atendimento aos alunos com este perfil. Para que isto aconteça acredita-se ser necessária compreensão da dificuldade de aprendizagem, suas características e teorias que fundamentam e explicam este fenômeno. O presente estudo de caráter teórico bibliográfico de cunho qualitativo, tem por objetivo apresentar as compreensões e definições do processo de aprendizagem, da dificuldade de aprendizagem e relatos de experiência, vivenciado no Projeto Mão Amiga financiado pela CAPES/PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) em convênio com a Faculdade Estadual de Filosofia, Ciência e Letras de União da Vitória/FAFIUV e o Curso de Pedagogia. Sendo que a aprendizagem é um fenômeno que consiste na modificação de comportamentos, que devem ser observados após um individuo ser colocado em uma situação de desenvolvimento do intelecto (processo de ensino-aprendizagem), onde são apresentados os elementos essenciais para uma aprendizagem eficaz. A dificuldade de aprendizagem irá se apresentar em um distúrbio que desvincula o processo de aprendizagem a quem está aprendendo, causando consequências emocionais e comportamentais negativas aos seus portadores que acreditarem ser motivo de vergonha, medo e taxações indesejáveis. Dentro deste parâmetro cabe aos fatores orgânicos, específicos, emocionais e ambientais o diagnostico das dificuldades. Após a base teórica parte-se para os relatos de experiência vivenciados na Escola Municipal Professor Didío Augusto no Bairro Limeira em União da Vitória - PR, uma das escolas da implantação do Projeto Mão Amiga, que atua com a proposta da motivação e estimulação com base na ludicidade para a amenização das dificuldades e juntamente com os alunos busca encontrar ferramentas auxiliadoras, que introduzam o mesmo ao processo de aprendizagem, provando que o papel de professor e posteriormente do pedagogo, é estar apropriando ambientes e momentos de aprendizagem adequados. Conclui-se, que como acadêmica do 2º ano de Pedagogia os estudos teóricos bibliográficos vem alicerçar a prática docente, enriquecendo o profissionalismo e explicando que a dificuldade de aprendizagem é uma disfunção que se origina de diversos aspectos e está presente no cotidiano escolar onde não pode ser minimizado ou escondido, e sim diagnosticado na procura de soluções em um trabalho articulado entre escola, família e profissionais da saúde .

PALAVRAS-CHAVES: Aprendizagem, Dificuldade de aprendizagem


O BRINCAR NA APRENDIZAGEM

JURKIEWICZ, CRISLAINE ALINE
 ORIENTADOR: ANSAI, ROSANA BEATRIZ
 CURSO: PEDAGOGIA

RESUMO

O estudo trata do tema brincar como metodologia da aprendizagem, sob ótica da criança com dificuldades de aprendizagem. O objetivo do estudo de caráter teórico bibliográfico consiste em identificar e ressaltar a importância do brincar no processo ensino-aprendizagem, visando evidenciar a atividade lúdica como uma ferramenta pedagógica no trabalho voltado para os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem. O brincar é uma atividade cotidiana da criança, na qual ela desenvolve sua capacidade mental, motora e emocional. Através do brincar se utiliza da imaginação para desempenhar papéis, reviver fatos e demonstrar experiências ações que vem de encontro às características do pensamento infantil nos anos iniciais do Ensino Fundamental. O brincar é uma forma de prazer para a criança que brinca. Na escola o papel do brincar e do uso pedagógico em atividades lúdicas, deve ser de incentivo para que a criança interprete sua realidade, construindo sua identidade, autonomia e criatividade, para assim desenvolver sua capacidade intelectual de leitura e escrita e cálculos. Na escola, para se vivenciar uma atividade lúdica, a atividade pedagógica deve conter objetivos bem definidos os quais desenvolvam determinada capacidade e proporcione a aprendizagem do aluno, obtendo deste modo características e funções dinâmicas, ativas e contínuas. Para evidenciar-se a importância da função do brincar na aprendizagem como recurso pedagógico, o mesmo é utilizado no trabalho com crianças com dificuldades de aprendizagem, crianças nas quais apresentam um perfil de possível fracasso escolar, dificuldade na leitura, escrita e cálculos, bem como no campo emocional, motor e psicológico. Ao atuar-se na docência com crianças com este perfil no Projeto denominado Mão Amiga oferecido pelo curso de Pedagogia da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras em convênio com a CAPES/PIBID, constata-se que a criança com dificuldade de aprendizagem necessita de um apoio auxiliador que a motive a aprender, obtendo assim no brincar um estímulo impulsionador para a aprendizagem. De outra forma, os estudos realizados no projeto oferecem a oportunidade de se construir uma práxis educativa onde se pode identificar alunos com índices baixos de aprendizagem, buscando minimizar o fracasso escolar, recuperando a auto-estima através de atividades lúdicas, as quais encontram no brincar um impulso motivador e prazeroso de aprender. O aluno é conduzido a aprender através das atividades lúdicas e de um trabalho pedagógico onde se estimula e se coloca à disposição das crianças com dificuldades de aprendizagem material concreto, jogos e brincadeiras, como também afeto e carinho, o qual faz a diferença na relação professor-aluno no momento de construção da aprendizagem. Os estudos realizados no projeto buscam apresentar as atividades pedagógicas como em algo de prazer para o aluno, e de eficácia no trabalho docente, para o professor.

PALAVRAS-CHAVE: Brincar, Aprendizagem, Atividades lúdicas, Dificuldade de aprendizagem


A INFLUÊNCIA DE ATIVIDADES LÚDICAS E SIGNIFICATIVAS NO TRABALHO COM ALUNOS QUE APRESENTAM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM.

GAJDECZKA, SINELl ISABEL PAZ DE HORA
ORIENTADOR: ANSAI, ROSANA BEATRIZ
CURSO: PEDGOGIA

RESUMO

Observa-se que algumas vezes as crianças não apresentam um determinado rendimento escolar conforme o esperado, ou apresentam alguns problemas no seu aprendizado ao não alcançar os Objetivos propostos pelo professor demonstrando ainda que determinados aspectos do seu desenvolvimento estão em déficit quando comparados com sua idade cronológica, enquanto acadêmica do curso de Pedagogia e bolsista do projeto Mão Amiga CAPES/PIBID, projeto esse que objetiva oportunizar aos acadêmicos de Pedagogia e das Licenciaturas oferecidas pela Faculdade Estadual de Filosofia Ciências e Letras, de União da Vitória, vivencia-se estudos e uma práxis docente com alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem na Escola Municipal Antonieta Montanari voltada para o contato com a realidade vivenciada pelos professores em sua prática em sala de aula. Trabalhando com alunos das séries iniciais, constata-se que nem todos os alunos tem facilidade para aprender, sendo assim de uma forma geral busca-se evidenciar através desse estudo a influência das atividades lúdicas na aprendizagem, acreditando-se que as mesmas podem contribuir de forma significativa para o desenvolvimento do aluno que apresenta este perfil, auxiliando não Só na aprendizagem, mas também no desenvolvimento social, pessoal e cultural, facilitando o processo de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento. A pesquisa é do tipo descritiva quanto aos objetivos e teórico- bibliográfica quanto a coleta de dados apoiada em pesquisa de campo já que se trata de um estudo acerca das dificuldades apresentadas pelos alunos que frequentam o projeto e a validade da metodologia lúdica adotada como elemento diferenciado da prática pedagógica. Sendo assim evidencia-se que o lúdico não é a única alternativa para a melhoria do processo ensino-aprendizagem dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, mas é um recurso que auxilia de forma significativa nos resultados por parte dos professores interessados em promover a melhoria do desempenho dos seus alunos apesar das suas dificuldades.. Nestes casos, a brincadeira é uma ferramenta que pode ser utilizada como estímulo dos processos de desenvolvimento e de aprendizagem. O presente estudo mostra que, através da ludicidade os alunos aprendem de forma prazerosa, cabe aos professores tornar o ambiente escolar agradável, atrativo, tornando o aprendizado muito mais significativo, sendo esse o objetivo principal do projeto. Palavras-Chave: Projeto Ludicidade. Aprendizagem. Dificuldades.

PALAVRAS-CHAVE: Projeto, Ludicidade, Aprendizado, Dificuldades


DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

DOLINE, FERNANDA APARECIDA
ORIENTADOR: ANSAI, ROSANA BEATRIZ
 CURSO: PEDAGOGIA

RESUMO

Os indivíduos passam por diversos processos que são fundamentais para seu desenvolvimento humano. Muitos fatores são responsáveis para que este desenvolvimento ocorra sendo estes: fatores sociais, culturais, valores familiares, situação econômica, emocional, entre. Nota-se que no processo de construção das aprendizagens é preciso enquanto educadores levarmos em conta estes fatores, pois é a partir deles que se fundamenta o aprendizado. Porém nem sempre a aprendizagem ocorre de maneira satisfatória para todos os alunos. Desde modo evidencia-se que alguns alunos podem passar por muitas dificuldades resultando no fracasso escolar devido a problemas encontrados durante a construção do processo ensino aprendizagem ao longo da vida acadêmica. A partir de estudos realizados, como também a docência realizada com crianças com dificuldades de aprendizagem proporcionado pelo Projeto Mão Amiga oferecido pelo Colegiado do Curso de Pedagogia financiado pela CAPES/ PIBID observou-se que para identificar tais dificuldades é necessário que sejam feitos diversos estudos coletar informações do desempenho escolar deste levando em consideração que a qualquer sinal de dificuldade deve-se compreendê-la desvinculada de qualquer conceito ou referência de sucesso e fracasso. As dificuldades de aprendizagem podem ser reveladas de diversas formas e em diferentes momentos. O estudo de caráter teórico bibliográfico tem como objetivo demonstrar que as crianças que apresentam dificuldades no processo de aprendizagem apresentam uma linha desigual em seu desenvolvimento resultando em atraso no processo de aprendizagem se comparados aos demais alunos da sala de aula, podendo a criança futuramente se deparar com diversos obstáculos durante a escolarização. A variação no desempenho escolar tem que ser entendida de forma relativa, pois que o conceito padrão de normalidade poderá ser confundido com algum desempenho em um determinado momento e menor desempenho em outro momento do aprendizado. O cotidiano escolar dá ênfase em sala de aula a uma aprendizagem tranquila, sem problemas, unindo-se com a prática de um procedimento de ensino horizontalizado, que é único para todos, que não permite a possibilidade de modos distintos e diferenciados de ensinar, nem de aprender. Este modelo não se enquadra nos objetivos do referido Projeto uma vez que este tem por finalidade o aprendizado que atende as necessidades individuais por meio do fazer docente através do lúdico de maneira que o aluno possa aprender brincando. A cada encontro da equipe do projeto ocorrem situações em que são construídas novas aprendizagens onde são trocadas experiências da atuação nas instituições parceiras.

PALAVRAS-CHAVE: Projeto, Dificuldades de aprendizagem, Alunos
---------------------------------

VII Encontro Cientifico Pedagógico 
V Simpósio de Educação na FAFI
I Encontro PIBID
Educação e diversidade:Pedagogia e inclusão social"




PROJETO MÃO AMIGA: APRENDENDO COM A DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
Marta Graziela Rosa  
G - Pedagogia - FAFIUV
         Orientadora: Profª  MS. Rosana Beatriz Ansai

RESUMO

A presente pesquisa é um relato de experiência do trabalho que está sendo realizada no Projeto Mão Amiga do Curso de Pedagogia em Convênio com a Faculdade Estadual de Filosofia Ciência e Letras e o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência- PIBID/CAPES. O projeto surgiu da necessidade de um trabalho diferenciado, com propostas práticas lúdicas e educativas baseadas nos princípios linguísticos, cognitivos e sociais, no processo de aprendizagem das crianças e no complemento da formação do pedagogo. Tem como objetivo principal oferecer aos alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, matriculadas na Escola Municipal Duque de Caxias do Município de União da Vitória-PR, atividades diferenciadas, reunindo a teoria e a prática no alfabetizar de forma lúdica, criativa e natural. De outra forma, busca apresentar um clima de descontração e prazer, indispensável para que a aprendizagem aconteça de maneira que venha melhorar o seu desenvolvimento e autoestima dos alunos participantes do referido projeto. Tantos são os benefícios que este projeto vem proporcionando, que em apenas cinco meses de trabalho, podemos observar um resultado significativo em nossos alunos fruto das observações do seu desempenho e do relato dos professores na escola parceira. Concluímos que de nada adiantaria todo esforço e dedicação se não apresentarmos uma Pedagogia repleta de Amor, Sensibilidade, Ética e Ação, melhorando assim a formação acadêmica de cada estudante.

PALAVRAS-CHAVE: Projeto. Dificuldade de Aprendizagem. Relato.


O  LÚDICO NA APRENDIZAGEM: RELATOS DE EXPERIENCIA NO PROJETO MÃO AMIGA CAPES/PIBID
Fabricia Palhano
G – Pedagogia – FAFIUV
Orientadora: Profª Ms. Rosana Beatriz Ansai

RESUMO

O presente estudo trata sobre atividades lúdicas na aprendizagem e também é relato de experiência do trabalho docente  que está sendo executado no Projeto Mão Amiga em Convênio com a Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras e o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência –CAPES/PIBID. No projeto trabalha-se especialmente o fazer educativo docente das bolsistas graduandas de Pedagogia com crianças com dificuldade de aprendizagem. O método de trabalho é com  atividades lúdicas, , ou seja,  jogos e brincadeiras, onde a criança aprende com mais prazer e por isso seu rendimento melhora consideravelmente. Através dos jogos e brincadeiras a criança forma conceitos, ideias, raciocínio, percepção, faz relações com o crescimento físico, aprende a seguir regras e se socializa. Brincando a criança aprende a lidar com o mundo, experimenta e recria situações do dia a dia. A brincadeira desenvolve a autonomia e a imaginação.
PALAVRAS-CHAVE: Projeto. Lúdico. Aprendizagem. Relatos de Experiência.


O  CONTEXTO DA DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM E O LÚDICO

 
Ana Carla Flissak Wictor 
G – Pedagogia – FAFIUV 
Èlida Priscila Franco de Oliveira
G – Pedagogia – FAFIUV
Orientadora: Profª Ms. Rosana Beatriz Ansai 

RESUMO

Como estudante do curso de Pedagogia e bolsista da CAPES / PIBID atuante na docência na área da dificuldade de aprendizagem, observa-se que os estudos sobre este tema têm importância fundamental no desenvolvimento de uma pedagogia adequada e eficaz para o aluno com este perfil. Para professores e comunidade escolar saber lidar com os diversos obstáculos da aprendizagem é fundamental e necessário e mais ainda, um desafio, pois a criança depende muito da ajuda do professor para conseguir desenvolver plenamente suas competências e habilidades. O objetivo do estudo de caráter teórico bibliográfico é evidenciar o contexto da dificuldade de aprendizagem e o lúdico, a partir dos relatos das experiências vivenciadas na docência do projeto Mão Amiga CAPES / PIBID oferecido pelo colegiado de Pedagogia da FAFIUV. Na revisão da literatura constatou-se que a dificuldade de aprendizagem pode se originar a partir de diversos fatores, que são de cunho emocional, afetivo e de ensinagem, sendo que para a criança que apresenta dificuldade em aprender, o professor pode utilizar a ludicidade, trazendo assim até o sujeito aprendente o prazer pelo aprender. A vivência docente no referido projeto a partir do lúdico. Melhorando a motivação para os estudos. A vivencia docente no referido projeto a partir do lúdico deixa em evidência que uma das muitas maneiras de se trabalhar a dificuldade de aprendizagem é se utilizando da ludicidade como uma ferramenta pedagógica.

PALAVRAS-CHAVE: Dificuldade de aprendizagem. Lúdico. Aprendizagem.


O CONTEXTO TÉORICO E PEDAGOGICO DO TRATALHO DOCENTE COM ALUNOS QUE APRESENTAM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

DOLINE. Fernanda Aparecida - F AFIIUV
 fer.doline@yahoo.com.br
GUIMARAES, Débora Passos- FAFI /UV
deborabiti @hotmail.com.br
SANTOS, Eliane Cristina dos - FAFIIUV3
elianepaulek@yahoo.com.br
Eixo temático: Diversidade e Inclusão Agência Financiadora: CAPES/Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência


Resumo

Atualmente há um aumento dos questionamentos por parte das escolas, que envolvem a diversidade e multiplicidade na forma com que se administra o processo de ensino aprendizagem dos alunos. Acreditamos que é indispensável que o professor perceba seu aluno como um sujeito único, com sua história particular, inserido num contexto social que ultrapassa os muros da escola. A inexistência da compreensão da diversidade do fenômeno da dificuldade de aprendizagem interfere e muito no desempenho escolar destes alunos. O estudo de caráter teórico bibliográfico tem como objetivo evidenciar o contexto teórico e pedagógico do trabalho docente com alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem. Conclui que o aluno com dificuldade de aprendizagem apresenta diversos comportamentos que devem ser compreendidos pelo professor para que o mesmo possa propor uma práxis educativa competente, ética, eficiente e que venha de encontro com as necessidades deste aluno. Adotar um trabalho pedagógico que privilegie a diversidade de métodos didáticos e a inclusão dos alunos com dificuldades de aprendizagem é um imperativo ético no contexto escolar.

Palavras-chave: Educação. Dificuldade de aprendizagem. Contexto teórico. Trabalho Docente.

Introdução

Atualmente há um aumento dos questionamentos por parte das escolas, que envolvem a diversidade e multiplicidade na forma com que se administra o processo de ensino aprendizagem dos alunos. Acreditamos que é indispensável que o professor perceba seu aluno como um sujeito único, com sua história particular, inserido num contexto social que ultrapassa os muros da escola.
Para otimização do trabalho docente nota-se que o educador precisa ter consciência de como cada grupo de alunos se organiza, de como ocorre a aprendizagem, sempre contextualizando esse processo, com uma atitude que facilite o desenvolvimento pleno de seus alunos. Muitas são as reclamações por parte dos professores diante do fracasso escolar dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem situando-se no caminho das justificativas que vão de encontro à desestruturação familiar, às desigualdades SOCIaiS, aos problemas cognitivos e afetivos, entre outros.
Como estudantes do processo de aprendizagem e docência em cursos na área da Pedagogia e como bolsistas do Projeto Mão Amiga oferecido pelo Colegiado do Curso de Pedagogia financiado pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID entendemos a importância do estudo do tema Dificuldades de Aprendizagem por constatarmos que alguns professores apresentam uma visão limitada e restrita deste fenômeno. Nota-se que essa visão "míope" das dificuldades de aprendizagem apresentadas por alguns alunos em sala de aula denota uma ausência de clareza dos pressupostos que fundamentam a compreensão por parte dos professores, equipe pedagógica e sociedade em relação à função social da escola e a visão que se tem de sua ação pedagógica voltadas para os alunos com este perfil. De outra forma a inexistência da compreensão da diversidade do fenômeno da dificuldade de aprendizagem interfere e muito no desempenho escolar destes alunos.
O fato de se analisar as dificuldades de aprendizagem é evidenciar a necessidade de se atuar na formação continuada dos professores para que possam oferecer um trabalho pedagógico diversificado e específico voltado exclusivamente para os alunos que tem este perfil. Somente a partir da visão dos professores a respeito da ocorrência deste fenômeno na escola é que se pode fazer uma releitura mais crítica e competente de um problema tão questionado quanto o são as dificuldades de aprendizagem na vida escolar.
O estudo de caráter teórico bibliográfico tem como objetivo evidenciar o contexto teórico e pedagógico do trabalho docente com alunos que apresentam dificuldade de aprendizagem.
O contexto teórico e pedagógico das dificuldades de aprendizagem: educação para a diversidade
Sabe-se que desde o início da história da humanidade existem relatos de discriminação, exclusão, segregação e condutas inadequadas para com aqueles que são considerados diferentes do padrão considerado normal. Estas pessoas num passado muito próximo eram submetidas a todos os tipos de humilhações e violências, sendo que na análise de Silva (2008, p.2) "desde os primórdios da humanidade, existem relatos da marginalização e do tratamento estigmatizado dado àqueles que são diferentes considerados "não normais" por não atenderem a padrões preestabelecidos."
Neste tocante ser diferente foi por muito tempo motivo de sofrimento, vergonha ou até mesmo acreditava-se ser um castigo divino. De outra forma sabe-se que estereótipos negativos influenciam na produção da identidade de cada um de forma positiva ou negativa.
Por muitos anos, as crianças com dificuldades de aprendizagem foram consideradas um problema dentro da sala de aula sendo retiradas do convívio escolar, tendo como destino, na maioria dos casos as classes especiais, que atuavam como um depósito de educandos problemáticos cada qual com um déficit diferente, porém tratados de forma padronizada. O que em pouco solucionava os problemas apresentados pelas crianças e de acordo com Le
Boulch (1987, p. 27):

Ante a importância do problema, ele se institucionaliza, o que significa que é encarado como um fenômeno normal, e o lugar deixado às pedagogias dita "especiais" não cessa de crescer. A criação dos GAPP (Grupos de ajuda Psicopedagógicos) e das classes de adaptação resulta na colocação de duas escolaridades paralelas: uma, para indivíduos ditos normais; a outra, para indivíduos- problemas. Nosso temor é de que o sistema que contribuiu para manter e mesmo para criar os indivíduos - problemas, seja mal adaptado para lhes assegurar depois do tratamento.

Portanto, ao se promover duas modalidades de acesso a escolaridade a partir do conceito de normalidade, entendemos que a escola promove a exclusão das pessoas com dificuldades de aprendizagem uma vez que o rótulo de "indivíduo-problema" contribui para acentuar o preconceito e a segregação destes indivíduos. Neste sentido Jardim (2001, p. 18) esclarece:

A escola foi impondo exigências, ao tempo em que foi se abrindo a um maior número de crianças, o que possibilitou não só o aumento das taxas de escolarização, mas também dos processos de inadaptação. Os métodos utilizados podem ser eficazes para a maioria das crianças, mas também podem segregar outras.

É no cotidiano escolar que a diversidade de estilos e formas de aprendizagem manifesta-se na multiplicidade de comportamentos, significados e expressões utilizadas pelo sujeito para realizar as interações com o conhecimento. Sobre a diversidade de sujeitos aprendentes que frequentam a escola, Sá (2005, p.63) esclarece:

A verdade é que, naquele grupo heterogêneo que é a turma, há alunos individualmente diferentes, com ritmos e estilos de cognição diferentes e motivações diversas, constituindo um "mapa de aprendizagens" totalmente peculiar. [ ... ] aqueles que aprendem menos que os outros, mais lentamente que os outros, diferentemente dos padrões esperados; há os que pelo menos aparentemente, nada aprendem - são os que fracassam na escola; e há os que aprendem mais rapidamente que os demais, e que rapidamente se desinteressam das atividades, tendo problemas de disciplinas.

As crianças com dificuldades de aprendizagem atualmente recebem maior atenção por parte da comunidade escolar. Este espaço demorou muitos anos para ser aberto, até porque o termo dificuldades de aprendizagem surgiu apenas no ano de 1963, "[ ... ] quando Samuel Kirk popularizou o termo Dificuldades de Aprendizagem (learming disability) [ ... ]" (SILVA, 2008, p.2). Até então as crianças que apresentavam estes problemas, faziam parte do grupo de pessoas com necessidades especiais (PNE) sendo que não havia um aprofundamento epistemológico sobre a ocorrência deste fenômeno.
De acordo com Silva (2008) os estudos realizados por Kirk serviram de base a compreensão do fenômeno das dificuldades de aprendizagem para além da deficiência mental. Na análise de Silva (2008, p.3),

[ ... ] as dificuldades apresentadas pelas crianças eram inexplicáveis e, além de não se encaixarem na educação especial, tampouco estavam relacionadas com o nível de inteligência, ambiente familiar ou instrução oferecida, pois eram perfeitamente adequados: usou o termo dificuldades de aprendizagem (Learning Desabilities) para referir-se a problemas na aprendizagem acadêmica. Lançou, assim, uma proposta educativa, não médica, deixando o problema possível de ser dividido e discutido com, além de especialistas, pais professores, governo e a sociedade em geral.

Na análise de Silva (2008), a proposta de Kirk proporcionou uma nova perspectiva sobre o tema, possibilitando novos diagnósticos desta vez não somente no campo da medicina, mas também a partir do desempenho escolar. Evidenciamos que apesar desta proposta de diagnóstico abranger uma equipe multidisciplinar, as dificuldades de aprendizagem tornaram-se um problema a ser tratado também por especialistas nas escolas, as quais necessitaram de muitos anos para inserir métodos de trabalho pedagógico diferenciados para atender as crianças que apresentavam tais distúrbios.
Fonseca (1995) esclarece que a criança com dificuldade de aprendizagem é normal tanto física quanto mentalmente, porém apresenta problemas de comportamento, cizânias na linguagem e na psicomotricidade, além disso, a aprendizagem em muitas situações é bastante lenta apresentando diferenças evidentes do potencial esperado. Neste sentido:

A dificuldade de aprendizagem é uma desarmonia do desenvolvimento normalmente caracterizada por uma imaturidade psicomotora que inclui perturbações nos processos receptivos, integrativos e expressivos da atividade simbólica. (FONSECA, 1999, p.228)

 O mesmo autor elucida ainda que as diferenças sócio-econômicas não devem ser consideradas como critério explicativo para as causas das dificuldades, mas apenas uma conseqüência, pois verifica-se a existência deste fenômeno em todas as camadas sociais, porém o maior número realmente ocorre nas classes menos favorecidas. Fonseca (1995, p.98) considera que vários fatores como "envolvimentos familiares pobres, relações criança-adulto distorcidas, expectativas negativas, erros pedagógicos (dispedagogia), situações de aprendizagem limitativa, etc. podem desencadear a dificuldade de aprendizagem".
Evidenciamos que normalmente a criança que possui problemas de aprendizagem carrega consigo um enorme sentimento de infelicidade e inferioridade. A pessoa com dificuldades no desempenho escolar, antes de ter um diagnóstico preciso, acaba muitas vezes sendo julgada, discriminada e passa por situações vexatórias o que pode levá-la à evasão, ao fracasso escolar e a discriminação.
Através de um diagnóstico preciso é que se constata que aquela criança que nunca faz as tarefas corretamente ou que não apresenta desempenho eficiente tem algum problema na aprendizagem. Cabe ainda ressaltar a partir do total da população estudantil, que cerca de 10% dos alunos apresentam esse problema, segundo informa Jardim (2001).
Diversos estudos evidenciam que a dificuldade de aprendizagem deve ser relacionada aos aspectos cognitivos, à personalidade, ao emocional do próprio sujeito, considerando o envolvimento com o ambiente em que está inserido no momento de aprendizagem. Neste sentido, Klein (2010, p.62) esclarece que:


Quando falamos em dificuldades de aprendizagem é necessário levar em consideração não apenas o educando como ser isolado, mas considerar o grupo, a instituição ou a sociedade a qual pertence, permitindo análises no âmbito psicossocial, que parte do individuo para fora, no âmbito sócio dinâmico que analisa o grupo, e no aspecto institucional, que consiste na investigação do grande grupo (sua estrutura, origem, composição, historia, economia, ideologia ... ).

Os conceitos sobre dificuldade de aprendizagem envolvem diversas áreas de conhecimento, dificultando muitas vezes uma definição singular sobre o termo. Jardim (2001) ressalta que as dificuldades de aprendizagem representam um dos problemas centrais da educação atual, seja por sua complexa definição teórica, seja pelas dificuldades de interpretação pelos profissionais da educação. Sabe-se que alguns educadores tem conhecimento sobre o assunto, porém não tem habilidade suficiente para desenvolver um trabalho pedagógico diversificado. Neste sentido, Gomez e Terán (2009, p.29) apontam que "os professores e profissionais que trabalham com estas crianças tem uma grande responsabilidade, [pois] suas habilidades em observar em detectar o problema, em saber como dar o feedback e decidir como e quando intervir são de suma importância."
Evidenciamos que traçar o perfil do desempenho escolar de uma cnança com dificuldades de aprendizagem é muito complexo, pois envolve uma multiplicidade de conceitos, dados empíricos, modelos teóricos e hipóteses. No contexto escolar o professor pode observar claramente que os maiores problemas destas crianças estão na leitura, na escrita, na dificuldade de interpretação e compreensão, na falta de atenção e concentração, na coordenação motora pouco desenvolvida, na falta de ritmo, na pouca criatividade, na insegurança e timidez (JARDIM, 2001).
Gomez e Terán (2009) evidenciam que as cnanças que apresentam este perfil aprendem a ocultar suas dificuldades com comportamentos muitas vezes agressrvos ou se mostram desinteressados ou ainda se isolam.
Cabe ressaltar que não há uma causa singular para a dificuldade de aprendizagem, mas um conjunto de evidências que interagem e imobilizam tanto a criança quanto a família, a escola ou a sociedade (POLITY, 2011).
De outra forma, é importante esclarecer que a dificuldade de aprendizagem pode ocorrer em qualquer fase da vida escolar e ainda pode ser um problema passageiro, portanto passível de reversão, mas para que isso ocorra é necessário diagnosticar corretamente e oferecer toda a assistência necessária à criança, e assim elas começam a adquirir confiança em si mesmas e acreditar nas suas capacidades melhorando seu aprendizado (GOMEZ e TERÁN,2009).
A escola age como mediadora da construção de atividades, valores, linguagens e referênciais do sujeito aprendente preparando-o intelectual e socialmente recebendo-o e tornando-o cidadão. Neste sentido Souza (2009, p.114) ressalta que:

A escola e os professores são também importantes mediadores, pois interpõe-se entre a criança e o aluno ao mundo social mais amplo e se responsabilizam por ensinar-lhes conteúdos, por fazê-las aprender, por desenvolver sua inteligência e sua afetividade. [ ... ].

Evidenciamos que é necessário que o professor construa suas representações a respeito da aprendizagem discente a partir do princípio de que este é um indivíduo com sentimentos e sujeito a realizações e frustrações, seja em sala de aula ou fora dela. É necessário que o professor motive o aluno entendendo que a sala de aula é um mosaico de culturas identidades e aprendizagens diversificadas.
No contexto deste estudo julgamos importante ressaltar nosso conceito de aprendizagem que vem de encontro ao que esclarece Rubinstein (2009, p. 39) que afirma:

[ ... ] Aprendizagem é o processo pelo qual um sujeito, em sua interação com o meio, incorpora a informação oferecida por este, segundo suas necessidades e interesses. Elabora esta informação através de sua estrutura psíquica, construída pelo interjogo do social, da dinâmica do inconsciente e da dinâmica cognitiva, modificando sua conduta para aceitar novas propostas e realizar transformações inéditas no âmbito que o rodeia.

Deste modo pode-se evidenciar que ao aprender, o sujeito se familiariza com o meio que foi inserido, captando as informações e selecionando- as de acordo com suas necessidades e interesses e assim, por estar agregando novas informações passa a modificar seu comportamento.
As dificuldades de aprendizagem não podem ser comparadas com deficiências ou incapacidade uma vez que a criança que apresenta baixo desempenho escolar a partir de suas dificuldades tem capacidade de aprender de acordo com que postula Guerra (2002).
De acordo com Fonseca (1995, p. 252) as principais características dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem são as seguintes:

[ ... ] dificuldades de aprendizagem nos processos simbólicos: fala, leitura, escrita, aritmética, etc., desenvolvimento (saúde, envolvimento familiar estável, oportunidades sócio-culturais e educacionais, etc.) A criança com DA manifesta uma diversidade de comportamentos que podem ou não ser provocados por disfunção psiconeurológica.Manifesta frequentemente dificuldades no processo de informação quer no nível de recepção, quer ainda no nível interativo e expressivo.

 O termo dificuldade de aprendizagem engloba um grupo de alunos que apresentam condutas diversificadas das demais crianças da comunidade escolar. Neste tocante Jardim (2001, p. 113) esclarece que:
A criança com dificuldades de aprendizagem possui, no plano educacional, um conjunto de condutas significativamente desviantes da população escolar em geral. Entretanto, não é uma criança deficiente - vê e ouve bem, comunica-se e não possui uma inferioridade mental global. Ela acusa problemas de comportamento e pouco se beneficia dos programas escolares regulares, não atingindo, muitas vezes, as exigências e os objetivos educacionais mínimos. Trata-se de uma criança normal em alguns aspectos, mas desviante e atípica em outros, que por si só, exigem processos de aprendizagem que não se encontram disponíveis nas salas de aulas ditas normais.

Portanto, entendemos que o perfil comportamental do aluno que apresenta dificuldades de aprendizagem é aquele que tem um desempenho escolar diverso do conceito padrão do ritmo de aprendizagem dos outros integrantes do seu grupo, fator que não pode levá-lo a exclusão do ambiente escolar.
Considerações Finais
A partir das análises evidenciadas sobre o contexto teórico e pedagógico do trabalho docente com alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem concluímos que:
•O aluno com dificuldade de aprendizagem apresenta uma diversidade de comportamentos que devem ser compreendidos pelo professor para que o mesmo possa propor uma práxis educativa competente, ética, eficiente e que venha de encontro com as necessidades deste aluno.
•A inclusão deste aluno no contexto educacional acontece a partir da diversidade do trabalho educativo;
•O aluno com dificuldade de aprendizagem não é deficiente mental e nem incapaz;
•O desempenho escolar do aluno com dificuldade de aprendizagem pode ser entendido de forma relativizada, pois o padrão de normalidade pode ser confundido com algum desempenho maior ou menor a partir de um determinado contexto cultural.
Deste modo evidenciamos que a atualidade é marcada pela multiplicidade de pesquisas, muitas de cunho interdisciplinar, sobre o fracasso escolar. Estes estudos não negam a importância dos fatores intra-escolares na origem das dificuldades de aprendizagem onde estas em comum têm a crítica da seletividade social, a inadequação das instituições que recebem as crianças, a falta de compreensão da realidade dos alunos por parte de alguns educadores e destacam a importância da escola no processo de transformação social do indivíduo. Neste contexto adotar um trabalho pedagógico que privilegie a diversidade de métodos didáticos e a inclusão dos alunos com dificuldades de aprendizagem é um imperativo ético no contexto escolar.


REFERÊNCIAS
FONSECA, Victor da. Introdução as Dificuldades de Aprendizagem: Definição de Dificuldades de Aprendizagem. 2 ed. Porto Alegre: Arte Médica, 1995.
GUERRA, L.B. A criança com dificuldades de aprendizagem. Rio de Janeiro: Enelivros, 2002.
GÓMEZ, Ana Maria Salgado; TERÁN, Nora Espinosa. Dificuldades de Aprendizagem:
Manual para pais e professores. 1 ed. Rio de Janeiro: Grupo Cultural, 2009.
JARDIM, Wagner Rogério de Souza. Dificuldades de Aprendizagem no ensino fundamental. Manual de identificação e intervenção. São Paulo: Edições Loyola,2001.
KLEIN, B. Roseli. O fator Emocional e o Fracasso Resultado escolar: um Diagnóstico através de Técnicas Gráficas e Verbais com as Crianças que Apresentam Dificuldades de Aprendizagem. In: Pedagogia 50 anos de Vida e História. União da Vitória: Kaygangue, 2010.
LE BOULCH, Jean. Educação Psicomotora: Psicocinética na idade escolar. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1987.
POLITTY,Elizabeth. Dificuldade de ensinagem: que história é essa? Disponível em: . Acesso 10 jun. 2011
RUBINSTEIN, Edith. Em busca dos responsáveis: diante das dificuldades de aprendizado, um olhar mais aguçado sobre o sujeito na sua totalidade e complexidade. In: CIÊNCIA & VIDA: psique edição especial, PSICOPEDAGOGIA para que?, São Paulo: Escala, n.2, p.38- 47, mar./abr. 2009.
SÁ, Márcia Souto Maior Mourão. Introdução e psicopedagogia. Curitiba: IESDE, 2005.
SILVA, Marcelo Carlos da. Dificuldades de Aprendizagem: do histórico ao diagnóstico. Disponível em: . Acesso em: 20/07/2010.
SOUZA, Antonio Carlos de; FIALHO, Francisco A. Pereira; OTAN I, Nilo. Trabalho de Conclusão de Curso: métodos e técnicas. Florianópolis: Visual Books, 2007.


Trabalho apresentado no:
X CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EDUCERE.
I SEMINARIO INTERNACIONAL DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS, SUBJETIVIDADE E EDUCAÇÃO- SIRSSE.

------------------------



PROJETO MÃO AMIGA/PIBID: RELATOS DE EXPERIÊNCIA DA FORMAÇÃO DOCENTE 

ANSAI, Rosana Beatriz - FAFIIUV  
ansairosana@yahoo.com.br
Eixo temático: Políticas Públicas, Avaliação e Gestão da Educação Agencia Financiadora: CAPES/Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência

Resumo 

O estudo tem por objetivo relatar como o Projeto Mão Amiga oferecido pelo colegiado do curso de Pedagogia da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória, em convenio com o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), voltado para atuação, estudos e pesquisas na área da Educação, está contribuindo para a formação profissional dos acadêmicos do curso de Pedagogia desta IES. Assim, evidencia-se que a construção coletiva para a melhoria da qualidade do curso de Pedagogia e da Educação Básica, muito mais do que um ato administrativo, é um ato de vontade das políticas educacionais, não apenas dos governantes mas principalmente de todos os atores sociais envolvidos neste processo. Constituem-se objetivos do projeto Mão Amiga/PIBID oferecer às crianças dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental das escolas parceiras, atividades pedagógicas diversificadas que minimizem o fracasso escolar melhorando sua autoestima por meio da oportunidade de oferta aos graduandos do Curso de Pedagogia da F AFIIUV de experiências de atuação docente ainda em sua formação inicial, para que possam valorizar o magistério e construir sua práxis educativa no contexto desafiador do aluno com dificuldades de aprendizagem. Acredita-se que o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID via projeto Mão Amiga contempla experiências e vivências da profissionalidade docente concretas, localizadas, democráticas e sustentáveis. A expectativa com os resultados do referido Projeto reside no fato de se comprovar que por meio de sua operacionalização que é possível melhorar não só a qualidade da formação docente, mas também a qualidade de vida e a auto estima destes profissionais historicamente desvalorizados na nossa sociedade. 

Palavras-chave: Educação. Projeto. PIBID. Formação Docente. Relato de Experiência. 


Introdução 

A partir da experiência na docência do Ensino Superior por mais de vinte e três anos no curso de Pedagogia da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de União da VitorialPR (F AFIIUV) e como Pedagoga atuante em uma escola de Educação Básica, constata-se a evidente importância das licenciaturas formarem profissionais críticos, competentes e reflexivos, para que possam atuar no complexo contexto educacional. 
O curso de Pedagogia passa por um momento de muitos questionamentos do seu espaço acadêmico, entre eles o da eficiência em produzir profissionais da educação competentes para o exercício pleno da profissão, conforme recomenda o Conselho Nacional de Educação na Resolução CNE/CP n° 1. de 15 de maio de 2006 (BRASIL, 2006). 
Nesse sentido, entre as muitas propostas de melhoria da qualidade na formação dos Pedagogos, se encontra a regulamentação da inserção do acadêmico na escola durante seus estágios curriculares, porém sabe-se que o tempo reservado para esta atividade é escasso para a formação de professores para atuar da Educação Básica. Ainda, há mais um elemento complicador na formação da profissionalidade dos licenciandos em Pedagogia, que é o fato de muitos estudantes serem também trabalhadores, fazendo com que o tempo que dediquem aos estágios seja muitas vezes fragmentado. Então se questiona: como formar bons Pedagogos e ao mesmo tempo lhes proporcionar uma remuneração uma vez que, em sua maioria, são provenientes de classes menos favorecidas e excluídas, para aprender e tomar gosto pelo ofício do professor na dinâmica da escola? 
A partir destas constatações, entende-se que a construção coletiva para a melhoria da qualidade do curso de Pedagogia e da Educação Básica, muito mais que um ato administrativo, é um ato de vontade das políticas públicas educacionais, não apenas dos governantes, mas principalmente de todos os atores sociais envolvidos neste processo. Neste tocante, acredita-se que só será possível quebrar o círculo vicioso em que os professores de diferentes níveis de ensino acusam-se reciprocamente pela baixa qualidade na sua formação e do ensino da Educação Básica, ou seja, pelos problemas do sistema educacional em que estão inseridos, a partir do momento em que todos puderem ser parceiros no mesmo processo crítico-reflexivo de construção da profissionalidade docente. Deste modo, se acredita que uma possível solução para arrefecer estas tensões e demandas vem pela oferta de políticas públicas no ensino universitário via oferecimento de bolsas de estudo. 
Assim este estudo tem por objetivo relatar como o Projeto Mão Amiga oferecido pelo colegiado do curso de Pedagogia da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória (FAFIIUV) - em convênio com o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) iniciado em 01 de abril de 2010, voltado para atuação, estudos e pesquisas na área da Educação em parceria com o magistério do sistema de ensino da rede pública municipal, está contribuindo para a formação profissional dos acadêmicos do curso de Pedagogia desta IES. 
Este estudo se configura com o objetivo de apresentar relatos voltados para se evidenciar que políticas públicas afirmativas de organização e gestão da universidade voltadas para a democratização da oportunidade de bolsas de estudos via Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) conforme regulamenta o edital CAPES/DEB n." 02/2009- PIBID para estudantes do curso de Pedagogia são, sem embargo, elementos que contribuem com a formação de profissionais éticos e competentes para atuar na Educação Básica. Assim, estes espaços fomentam a articulação entre teoria e prática e também segundo pontua Zainko (2010), nas políticas de redirecionamento da formação de professores na universidade pública, combatem a marginalização e a exclusão social. 
A proposta do projeto Mão Amiga/PIBID parte da constatação que as crianças com dificuldades de aprendizagem, são pessoas condenadas ao fracasso escolar antes mesmo que se esgotem todas as possibilidades didático-pedagógicas em alfabetizá-las. Por outro lado, muitos estudantes das licenciaturas podem construir sua práxis educativa voltada para ações docentes a partir de experiências no chão da escola e de estudos realizados no referido Projeto, se constituindo em uma grande oportunidade de formação profissional. Assim o referido Projeto oferece a oportunidade de se construir conhecimentos e saberes a respeito do ensino ainda na fase inicial de formação, perspectiva apontada por N óvoa (2009) como importante na formação de professores independente do nível de ensino. 

A perspectiva da formação docente no projeto Mão Amiga/PIBID: relatos de experiência 

Constituem-se objetivos do projeto Mão Amiga/PIBID, oferecer às cnanças dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental das escolas parceiras, atividades pedagógicas diversificadas e lúdicas que minimizem o fracasso escolar melhorando sua autoestima por meio da oportunidade de oferta aos graduandos do Curso de Pedagogia da FAFIIUV de experiências de atuação docente ainda em sua formação inicial, para que possam valorizar o magistério e construir sua práxis educativa no contexto desafiador do aluno com dificuldades de aprendizagem. 
Atualmente o Projeto Mão Amiga atende três escolas do município de União da Vitória-PR: José Moura localizada no distrito de São Cristóvão, a escola Duque de Caxias, situada em um bairro da periferia denominado São Gabriel e a escola Antonieta Montanari localizada no bairro São Basílio Magno. A equipe de trabalho e estudos é composta por 01 professora bolsista coordenadora, 03 professoras bolsistas supervisoras, 20 estagiárias bolsistas acadêmicas e 116 alunos atendidos pelo projeto em horário extra classe no ano letivo de 2011. 
Cada escola conta com um grupo de cinco ou seis bolsistas acadêmicas tuteladas por uma professora bolsista supervisora lotada na escola onde atuam. As bolsistas ministram aulas em contraturno com pequenos grupos de crianças encaminhadas pelas professoras regentes das escolas parceiras e que apresentam o perfil de dificuldades de aprendizagem sob o ponto de vista epistemológico de cada professora regente. O horário das aulas do Projeto é de segunda a sexta feira no período da manhã ou da tarde distribuídos conforme a demanda da escola e a disponibilidade de horários das bolsistas. A metodologia didática adotada é a da Pedagogia lúdica e que atenda as necessidades de cada aluno encaminhado para o Projeto, pois segundo recomenda Brock (2011, p. 06) 
Ao se oferecer uma pedagogia baseada no brincar, os profissionais consideram os métodos, a organização, as atividades, os recursos e o apoio adulto em seu planejamento para que as crianças possam aprender, ao mesmo tempo considerando as suas necessidades de desenvolvimento. 
As bolsistas foram divididas para atender pequenos grupos de alunos (conforme o ano que eles freqüentam) e administram 2 horas/aulas duas vezes por semana nas escolas 
parceiras. 
O Projeto Mão Amiga/PIBID está organizado a partir de um Plano de Trabalho que estabelece os procedimentos e ações a serem desenvolvidas. A sistematização do conjunto de instrumentos de acompanhamento, registro e avaliação do projeto é realizada por meio dos seguintes instrumentos e ações: 
a)Elaboração de Portfólios de atividades de trabalho coletivo e particular; das acadêmicas bolsistas, dos alunos do projeto e da equipe gestora. 
b)Reuniões da gestão pedagógica e administrativa com a Coordenadora do Projeto visando o estabelecimento das pautas de reuniões semanais, quinzenais e mensais das bolsistas do projeto e encaminhamento das etapas do Plano de Trabalho. 
c)Registro em atas de todas as reuniões coletivas e atendimentos individuais realizados nas escolas parceiras, com as bolsistas supervisoras, com as bolsistas acadêmicas, na Hora de Trabalho Coletivo semanal e ou quinzenal e nas reuniões com os docentes nas escolas parceiras. 
d)Leitura e análise pela equipe gestora dos relatórios mensais elaborados pelas bolsistas para a retomada das ações e avaliação do andamento do projeto. 
e)Há uma preocupação da equipe gestora juntamente com a coordenação em manter atualizado e acessível toda a documentação relativa ao andamento do Projeto em todas as ações realizadas. Neste sentido mantemos diversas pastas para a organização de toda a documentação da gestão do projeto. 
f)Envio de correspondências eletrônicas (acessível em pmaoamiga@yahoo.com.br) contendo orientações, avisos, arquivos eletrônicos com conteúdos voltados para a temática do projeto, solicitações e comunicados que se façam necessários ao bom andamento do projeto. 
g)Visando a comunicação com a comunidade externa dos trabalhos e estudos do projeto, cnamos e mantemos um Blog do Projeto intitulado "Projeto Mão Amiga/PIBID"(Acessível em HTTP://pibidmaoamiga.blogspot.com/) com notícias, fotos e as participações em eventos e atividades realizadas pelas bolsistas nas escolas. 
A estrutura de coordenação do Projeto tem como característica a formação docente, a gestão escolar e administrativa deste processo, o desenvolvimento das relações humanas no trabalho docente, a formação do professor pesquisador e vivências éticas profissionais. No tocante as orientações, estudos e ações das acadêmicas bolsistas visando a construção dos constructos epistemológicos do fazer docente a partir das experiências vivenciadas no Projeto Mão Amiga/PIBID, evidenciam-se as ações: 
a)Planejamento, execução e supervisão das aulas administradas em período de contraturno pelas acadêmicas bolsistas das escolas parceiras. São realizadas orientações no sentido de que estas aulas apresentem planos de aula que contemplem atividades pedagógicas estruturadas a partir da proposta curricular do estado do Paraná em consonância com o Projeto Político Pedagógico das escolas parceiras, porem com um diferencial: as atividades são lúdicas e voltadas para atender as defasagens de leitura, escrita, coordenação viso motora, raciocínio lógico matemático, psicomotricidade, entre outros. 
b)Organização e oferecimento de oficinas Pedagógicas de materiais lúdicos para as escolas da rede pública de ensino que tem o curso de Magistério e para cursos de Licenciatura ministrados pelos integrantes do projeto com o objetivo de proporcionar aos bolsistas experiências docentes para elevar a qualidade das ações e vivencias acadêmicas, além de divulgarem suas experiências docente. 
c)Pesquisa e confecção de materiais lúdicos para atender as necessidades dos alunos com Dificuldades de Aprendizagem. 
d)Elaboração de estudos, leituras e fichamentos visando a elaboração de textos científicos voltados para a temática da Docência com alunos que apresentam Dificuldades de Aprendizagem e a Pedagogia Lúdica. 
e)Participação das bolsistas do Projeto em eventos locais, regionais e nacionais de cunho Científico visando a divulgação dos seus estudos, a partir de orientações coletivas e individuais realizadas pela Coordenadora do Projeto. 
f)Elaboração de relatórios mensais com o intuito de se fazer com que as bolsistas analisem, reflitam e resignifiquem suas ações didático pedagógicas e epistemológicas das vivências docentes. 
A estrutura dos relatórios mensais das bolsistas do projeto contempla, entre outros, relatos das aprendizagens construídas no decorrer dos estudos, pesquisas e do exercício da docência com crianças que apresentam Dificuldades e Aprendizagem, nas quais se destaca:


"Acredito que no projeto está sendo possível eu aprender a lidar com situações inesperadas e cada vez mais percebo a importância da articulação teoria e prática, pois a partir das dificuldades das minhas crianças tenho que entender teoricamente o que é o problema delas para depois tentar ajudá-las. É isso que venho fazendo no Projeto." (BOLSISTA A.P.R. ACADÊMICA DO 4° ANO DE PEDAGOGIA) 
"Vejo que cada dia que passa estou melhorando cada vez mais como professora. 
Estou aprendendo muito com as crianças, pois agora que estou trabalhando com alfabetização posso constatar como a criança constrói suas aprendizagens. Dia após dia ela obtém melhora no seu desempenho e isso é muito importante pois eu estou constatando que está sendo de grande valia o meu esforço para sua aprendizagem." (BOLSISTA S.z. ACADÊMICA DO 2° ANO DE PEDAGOGIA) 
"O projeto oportuniza aliar a teoria e a prática. A cada dia de aula no projeto vivencio uma experiência maravilhosa, pois tenho a oportunidade de observar o que está dando certo ou errado em minhas aulas e conhecer meus alunos. Também entendo melhor o que eles necessitam e depois de realizar meus estudos posso intervir na aprendizagem de cada um deles." (BOLSISTA A.S.M. ACADÊMICA DO 3° ANO DE PEDAGOGIA) 
"Penso com relação aos meus questionamentos sobre a menina que parecia ter dificuldade de percepção auditiva. Para entendê-la a teoria veio na hora certa, pois se não tivesse aprimorado esse conhecimento, acho que viria apenas que ela não é surda e talvez levasse a outros questionamentos sobre seu comportamento. Assim entendo que a teoria e a prática são fundamentais para o desenvolvimento pleno dos alunos nas nossas aulas." (BOLSISTA E.N. ACADÊMICA DO 4° ANO DE PEDAGOGIA) 


Numa sociedade que concentra riquezas e perpetua a pobreza, segundo a análise de Frigotto (2005), a emergência de uma nova base para a formação de professores via Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID/CAPES e o Projeto Mão Amiga se constitui em uma ação afirmativa, pois supera a tendência neoliberal de privatização do pensamento pedagógico. 
Na esteira da corrente de desvalorização profissional do professor e consequentemente a crise de identidade pela qual vem passando, segundo analisa Pimenta (2000), os objetivos do PIBID no Projeto Mão Amiga se constituem em uma ação afirmativa, uma vez que retomam a formação de professores via bolsas de estudos. Deste modo Lüdke e Boing (2004, p. 1177) ressaltam ''[ ... ] a parceria e a pesquisa, como duas forças capazes de mobilizar situações concretas, de ajudar a recuperar o prestígio das funções docentes e reverter tendências históricas que vem diminuindo a importância dos professores na sociedade." 
Na coordenação do Projeto Mão Amiga/PIBID vrvencia-se uma práxis educativa com as bolsistas que visa "democratizar o ensino [e] pensar novas formas de acesso garantindo àqueles que chegam à Universidade uma permanência com qualidade acadêmica e pertinência social", conforme recomenda Zainco (2003, p. 54). Neste propósito busca-se proporcionar as bolsistas uma antecipação nas experiências docentes que visa superar a formação tecnicista que separa o conhecimento pedagógico em blocos teóricos e blocos práticos. 

Considerações Finais 

o Projeto tem como potencialidade a grande repercussão nas escolas parceiras e em toda comunidade escolar e acadêmica que abrange, uma vez que se fundamenta no tripé: ensino (planejamento e administração de aulas com metodologias diferenciadas em contratumo pelas bolsistas acadêmicas nas escolas parceiras), pesquisa (elaboração de estudos e pesquisas na área de abrangência temática do projeto: formação docente e alunos com Dificuldades de Aprendizagem) e gestão escolar (administração e supervisão do desempenho das bolsistas nas escolas, elaboração, encaminhamento e arquivamento de toda a documentação legal do projeto, administração da verba de custeio do projeto, etc.). 
A oportunidade das acadêmicas realizarem a prática educativa assistida e orientada pelas professoras orientadora e coordenadora do Projeto representa uma experiência profissional adquirida ainda durante a formação o que certamente fará com essas acadêmicas sejam profissionais competentes e dedicadas. Deste modo o projeto proporciona uma oportunidade de aprendizagem ímpar, pois possibilita uma relação fundamental no âmbito acadêmico: a que cria o vínculo entre teoria e prática com oportunidade de remuneração dos estudos realizados, fato raro no âmbito da nossa IES. 
Assim, evidencia-se que as políticas públicas de oferecimento de bolsas de estudo no ensmo superior no âmbito das licenciaturas se constituem num projeto democrático, sustentável e desenvolvimentista, segundo pontua Zainko (2003) 
Um projeto democrático de nação acredita-se, passa pela construção da profissionalidade docente dos futuros professores, como recomendam Lüdke e Boing (2004). Neste sentido, estes autores explicam que "profissionalidade, termo de origem italiana e introduzido no Brasil pela via francesa, está associado às instabilidades e ambigüidades que envolvem o trabalho em tempos neoliberais, e geralmente vem colocado como evolução da idéia de qualificação [ ... ]". Portanto, entende-se que a profissionalidade consiste em mobilizar os saberes da experiência, das exigências profissionais coletivas e da sociedade da informação globalizada primando-se por uma qualificação universitária que corresponda às demandas pessoais e coletivas da profissão docente, indo além da cultura institucional. 
Neste tocante, acredita-se que o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID no Projeto Mão Amiga contempla experiências e vivências da profissionalidade docente concretas, localizadas, democráticas e sustentáveis. A expectativa com os resultados do Projeto reside no fato de se comprovar que por meio de sua operacionalização é possível melhorar não só a qualidade profissional docente, mas também a qualidade de vida e a auto estima destes profissionais historicamente desvalorizados na nossa sociedade via oferecimento de políticas públicas de oferta de bolsas de estudos pelo PIBID. 

REFERÊNCIAS 

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para Licenciatura Plena em Pedagogia. Resolução CNE/CP n° 1, de 15 de maio de 2006. Diário Oficial da União. Brasília, 16 de maio de 2006, Seção 1, p. 11. 
BROCK, A vril. A importância do Brincar na infância. IN: Revista Pátio: Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed. Ano IX. N°27. Abr/jun. 2011. 
EDITAL CAPES/DEB N.o 02/2009- PIBID. Chamada Pública do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência- PIBID. Brasília: CAPES/DEB, 2009. 
FRIGOTTO, Gaudêncio. Escola Pública Brasileira na Atualidade: lições de História. IN: 
LOMBARDI, José Claudinei; SAVIANI, Demerval; NASCIMENTO, Maria Isabel Moura. (orgs.) A escola Pública no Brasil: história e historiografia. Campinas, SP: Autores Associados: HISTEDBR, 2005. 
LUDKE, Menga; BOING, Luiz Alberto. Caminhos da Profissão Docente e da Profissionalidade docentes. IN: Revista Educação e Sociedade. Campinas. Vol. 25. n. 89. Set/dez, 2004. p. 1159- 1180. 
NÓVOA, Antonio. Professores: imagens do futuro presente. Lisboa: Educa, 2009. 
PIMENTA, Selma Garrido. Formação de Professores: identidade e saberes da docência. IN: ____ (org.). Saberes pedagógicos e atividade docente. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2000. 
ZAINKO, Maria Amélia. Sabbag. Educação Superior, democracia e desenvolvimento humano sustentável. IN: __ ; GISI, Maria Lourdes (orgs.). Políticas e Gestão da Educação Superior. Curitiba: Champagnat; Florianópolis: Insular, 2003. p. 45-59. 
____ Políticas de formação de professores na universidade pública: uma análise de necessidades, entre o local e o global. In: Revista Educar. Curitiba: Editora UFPR. n. 37. maio/ago. 2010. p. 113-127. 

 Trabalho apresentado no:
X CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EDUCERE.
I SEmINARIO INTERNACIONAL DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS, SUBJETIVIDADE E EDUCAÇÃO- SIRSSE





0

0 Comentários :

Postar um comentário