Recreio Dirigido Acontece na Escola José Moura: Brincando e Aprendendo!


A partir da reunião realizada na escola parceira, no dia 17 de fevereiro de 2017, que contou com a presença da diretora Ádria Moleri Metzler, pedagoga Patrícia Louise França dos Santos, acadêmicos bolsistas e a supervisora do subprojeto Mão Amiga foram discutidas uma série de ideias de extrema importância para a o bom desenvolvimento do projeto na escola. Dentre elas, combinamos que seria realizado pelos bolsistas o recreio dirigido, no intuito de envolver os alunos participantes do subprojeto e as demais crianças da escola, promovendo momentos de aprendizagem, desenvolvimento e socialização.
A primeira etapa aconteceu com a pintura de jogos e brincadeiras no chão do pátio da escola.  As variedades de jogos selecionados facilitaram para realização desta atividade, sendo eles: Twistter, Jogo da Velha e Amarelinha. Além destes, os acadêmicos também instigam as crianças a pularem corda e participarem das brincadeiras de roda.
O recreio dirigido busca também, amenizar incidentes e promover a organização, pois no período matutino o intervalo é compartilhado entre município e estado, assim existe muito tumulto e correria, sem objetivo algum. Ressaltando a relevância de se dirigir este ato, pois o termo “recreio” já parte de “recreação” na qual os indivíduos se descobrem e se desenvolvem. Soecki usando da fala de Araújo pontua que:

A recreação teve sua origem na pré-história, quando o homem primitivo se divertia festejando o início da temporada de caça, a habitação de uma nova caverna. Segundo Araújo, 1973 (apud CANTO, 2004), devido a isto houve uma transformação na vida humana com danças primitivas de adoração, invocação dos deuses, rituais fúnebres muitas vezes como aparência recreativa com alegria. Os adultos passavam para as novas gerações, em forma de brincadeiras, as atividades sociais que eram representadas pelo culto religioso e jogos coletivos. A Psicologia, a Pedagogia e a Educação acompanharam a evolução histórica da recreação.


Portanto, este ato de recreação passou de geração para geração, até chegar na pedagogia, que aplicou estes saberes na escola. Assim, percebemos a importância destas atividades para as crianças ampliarem a lógica (jogo da velha), coordenação motora (através do ato de pular corda, jogar twistter e amarelinha), noções de lateralidade ao colocar o pé esquerdo e direito (twistter e amarelinha), e também, o respeito e ordem no ato de organizar filas para a participação em cada atividade, aprendendo, brincando e se divertindo.
Lembra-se, que o recreio é o momento que a criança libera suas energias reprendidas em sala de aula, libertando-se, mas quando a mesma é protagonista de sua própria liberdade, não sabe o que fazer com ela. Por isso o recreio dirigido tem sua necessidade indescritível. Neste sentido Gaelzer citado por Soecki complementa:

No recreio convencional, os alunos lideram e escolhem as atividades, porém essa liberdade nem sempre é usufruída da forma mais adequada. Por meio do recreio organizado com atividades lúdicas, a escola, segundo a autora, pode estimular a formação de normas de moralidade e justiça. Assim, na escola, todo tempo deve ser potencializado para formação desse indivíduo. Todo momento é tempo para educá-lo. Com isso, o recreio precisou ser organizado para possibilitar a construção desse sujeito que antes se encontrava ocioso, ou manifestava-se de forma contrária à esperada pela escola. (GAELZER, 1979)

Conclui-se por meio deste, que este ato ainda constrói moralmente o sujeito, impondo-o disciplina. Sendo todo tempo valioso para educar. Pois como já citado o recreio sem ser dirigido ocasiona conflitos, entre crianças de diferentes idades ou da mesma, que muitas vezes se machucam fisicamente e emocionalmente por meio de brincadeiras inadequadas e prática de bullyng. A atividade dirigida tem sido eficaz, evitando incidentes inoportunos, incentivando a boa convivência e socialização entre os alunos, além de estar desenvolvendo-os em vários aspectos.
A escola José Moura colheu bons frutos através desta prática, as consequências são positivas e é evidente a satisfação dos alunos. Sendo gratificante para os acadêmicos bolsistas que fazem parte desta realização!


 REFERÊNCIAS: 
Disponível em: http://revistanativa.com/index.php/revistanativa/article/viewFile/97/pdf Acesso em: 19/05/2017. 

Texto escrito pela bolsista Nayara Calisto Chabatura

Bolsistas Nayara e Ersoli boleando corda para os alunos pularem

Bolsistas Nayara e Ersoli boleando corda para os alunos pularem

Bolsistas Nayara e Ersoli realizando Jogo da Velha com os alunos
0

0 Comentários :

Postar um comentário